História - O melhor do bairro de Cidade Operária, São Luís, MA

HISTÓRIA DO BAIRRO CIDADE OPERÁRIA

Relíquia: o início do conjunto

 

O conjunto Cidade Operária foi construído nos anos 80 com recursos do Banco Nacional de Habitação (BNH), durante os governos João Castelo e Luís Rocha. Planejado para 15 mil casas, foi considerado na época como o maior projeto habitacional da América Latina. Porém, só 7.500 unidades foram construídas com planejamento técnico, que contava com prédios públicos para escolas, unidades de saúde, além de áreas verdes.

No início de 1986 surge em São Luís uma articulação do movimento de defesa da moradia, com estratégias de realizar a invasão do conjunto habitacional Cidade Operária; um eixo de articulação composta por lideranças que surgiram a partir dos movimentos de sem teto, dos palafitados, seguindo uma orientação da política nacional, de movimentos populares, para cobrir um déficit habitacional.

Com a extinção do BNH, já na gestão do governador Luís Rocha (83 a 87), as casas não foram entregues. Diante desses fatos a Cidade Operária transformou-se em um grande palanque, um espaço para banquete eleitoral. Sentavam-se a mesa advogados, jornalistas, sindicalistas, políticos tradicionais que estimulavam o ato de invasão. As 7500 casas foram então ocupadas.

No inicio de 1987, foi protagonizada a cena mais cruel que se tem conhecimento na História da Habitação Popular do Maranhão. A luta do “povo x povo” para garantir o direito ao teto. Os que estimularam a invasão não levaram em conta, na época que na listagem dos 7500 contemplados, haviam, aqueles que sem padrinhos políticos aguardavam a tão sonhada casa. Trabalhadores, pessoas simples, vitimas da politicagem.

A Cidade Operária, no campo das lutas sociais alcançou benefícios e conquistas importantes para o seu desenvolvimento. É imperativo destacar que o resgate no campo do direito a moradia digna, aconteceu no momento certo do ponto de vista estratégico; foram decisivos a atuação do Movimento Popular, da Associação dos Moradores, com o apoio logístico dos padres e irmãos da Congregação João Calábria, no ano de 1988; onde a comunidade era denominada nos meios de comunicação de Cidade Dormitório, campeã de mazelas.

CÂMARA.Pedro,Resgate da História da Cidade Operária – Parte II, Disponível em:<http://cidade-operaria.blogspot.com/L>

 

São Luís

“Situada no arquipélago de ilhas do Golfão Maranhense com mais de 1000 km².

O relevo é ondulado com altitude média de 25m, o ponto mais elevado fica na região do aeroporto. Dois rios dividem a ilha quase em duas, são o Anil e o Bacanga. Na região compreendida entre ambos está o núcleo inicial de povoação da região, a norte e oeste do rio anil ficam os bairros mais modernos e bem equipados da cidade, ao sul do bacanga está o distrito industrial da ilha.

Nas zonas centro e norte da região metropolitana estão os grandes bairros populares, quase sempre conjuntos habtacionais, construídos até meados da década de oitenta. Nos extremos norte e leste a ocupação é esparsa são áreas de praias desertas e manguesais fechados. No lado oeste da ilha ficam os bairros mais prósperos, as praias mais frequentadas e melhor infra-estrutura. As avenidas Litorânea e dos Holandeses ligam os bairros da zona oeste entre si e à zona norte onde fica o município de Raposa. A avenida Jerônimo de Albuquerque formou um eixo de expansão para onde foi levado o desenvolvimento urbano da cidade, liga a área do São Francisco - Renascença à Cohab, em suas margens surgiram vários bairros residenciais e estabelecimentos comercias, por exemplo o bairro do Vinhais.

Os outros dois eixos importantes são os formados pela avenida dos Guajajaras ligando a zona sul às zonas oeste e norte, e a estrada de Ribamar, que liga o centro da ilha aos bairros da região norte e às sedes dos municípios de Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa. "

BURNETT, F. L. Da cidade unitária à metrópole fragmentada: crítica à constituição da
São Luís moderna In LIMA, A. J. Cidades Brasileiras: Atores, Processos e Gestão
Pública. Belo Horizonte: Autentica, 2007, p. 173-197.