História - O melhor do bairro de Grajaú, Rio de Janeiro, RJ

O MELHOR DO BAIRRO DO GRAJAÚ

Historia Grajaú

Introdução

Grajaú é um tradicional bairro de classe média e extremamente arborizado, localizado na chamada Grande Tijuca, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro tendo como bairros vizinhos a Tijuca, Vila Isabel, Andaraí e Engenho Novo.

HISTÓRIA

No final do século XIX, o termo Andaraí Grande veio a ser abolido, dando origem aos bairros de Vila Isabel (1873), Aldeia Campista e Grajaú (1912) em que a primeira rua aberta no bairro foi a Estrada do Andarahy, em 1875, hoje Rua Barão de Mesquita.

Ao contrário da maioria dos bairros do Rio de Janeiro, o Grajaú foi planejado e surgiu nas primeiras décadas do século XX, edificado sobre um vale, conhecido como Vale dos Elefantes, ao sopé do Maciço da Tijuca, próximo à Pedra do Andaraí.

Nessa época foram promovidos grandes loteamentos no Rio de Janeiro, ainda capital da República. Assim, terras de fazendas de café existentes no bairro foram incorporadas à malha urbana da cidade.

O primeiro loteamento teria sido construído pela Compahia Brasileira de Imóveis e Construções e abrangeu as terras situadas entre a Serra do Engenho Novo e um caminho posteriormente denominado Rua Borda do Mato. Outro loteamento, denominado Vila América, incluiu os terrenos próximos à atual rua Botucatu.

Em 1918, o construtor italiano Francisco Tricárico, que havia se instalado no bairro, sendo fiel a uma promessa que fizera na Itália, quando estudante, construiu a capela de Nossa Senhora da Imaculada Conceição no quintal da casa, a qual tornou-se o centro da vida comunitária nos anos 20.

No entanto, foi somente na década de 20 que se desenvolveu o atual desenho do Grajaú, sendo que a expansão urbana no bairro implicou na canalização de córregos e cursos d"água afluentes do rio Maracanã que atravessam o subterrâneo de algumas de suas ruas, as quais, na sua maioria, receberam nomes indígenas.

Em 1925, foi fundada a primeira sede do Grajaú Tênis Clube e, devido ao seu nome, o bairro veio a se tornar conhecido na cidade.

Com a construção da igreja matriz de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em 1931, a capela de Nossa Senhora da Imaculada Conceição passou a funcionar apenas em caráter particular, sendo aberta ao público apenas no dia 8 de dezembro, quando se homenageia Nossa Senhora da Conceição.

Tendo se desenvolvido, o bairro começou a ser atendido por uma linha de bondes elétricos que mais tarde, na segunda metade do século XX, veio a ser extinta, mantendo-se apenas ônibus.

Na segunda metade do século XX, o Grajaú sofre os impactos do inchamento das cidades e da especulação imobiliária que afetou o Rio de Janeiro no decorrer das décadas. Foi nesta época que o Poder Público permitiu que fossem construídos novos empreendimentos da construção civil através de condomínios edilícios que modificaram a paisagem do bairro, afetando também a sua estrutura datada do começo do século, principalmente quanto aos serviços de esgotamento sanitário prestados pela CEDAE, cuja tubulação não foi projetada para suportar uma intensa utilização.

As ruas do bairro, incialmente pavimentadas por paralelepípedos também foram asfaltadas no final da década de 60.

Como conseqüência do crescimento populacional desordenado da cidade do Rio de Janeiro, alguns morros que cercam os bairros de Grajaú, Vila Isabel e Andaraí foram indevidamente ocupados e de maneira irregular, causando a favelização de tais áreas bem como danos ao meio ambiente e risco aos próprios moradores visto que são lugares sujeitos ao deslizamento de terra na época chuvosa. E, bem próxima do Parque Estadual do Grajaú, formou-se a comunidade da Divinéia, habitada essencialmente por pessoas carentes.

Assim, pode-se dizer que no Grajaú, tal como em inúmeros bairros cariocas, evidencia-se um contraste social entre os pobres moradores dos morros e a classe média que habita as ruas. Todavia, o bairro não perdeu o seu charme a vida pacata de um dos últimos recantos da cidade do Rio de Janeiro.

Após a extinção do Estado da Guanabara, em 1974, com a consequente transformação do Rio de Janeiro em município, a cidade veio a ser dividida em várias regiões administrativas geridas por suas respectivas sub-prefeituras, de modo que, na atualidade, o Grajaú é gerido pela administração municipal de Vila Isabel.

Durante o governo de César Maia, a praça Edmundo Rego foi reformada, o que juntamente com as obras no Largo do Verdum, entre outras melhorias, veio a contribuir para valorizar o bairro.

O bairro possui ruas arborizadas e tranqüilas, constituídas de nobres residências, sendo algumas casas edificadas no início do século XX e que preservam parte de suas características originais, embora dividindo a paisagem com alguns edifícios de décadas mais recentes.

Embora seja essencialmente residencial, o Grajaú dispõe de alguns estabelecimentos comerciais para atendimento do mercado local, tendo boas escolas, entre as quais destaca-se uma tradicional instituição de ensino de orientação católica, o Colégio da Companhia de Maria.

A principal via do Grajaú é a Avenida Engenheiro Richard, cujo nome é uma homenagem ao fundador do bairro, Antônio Eugênio Richard Júnior, banqueiro, industrial e um dos cariocas mais influentes das primeiras décadas do século XX. Tal avenida é dividida ao meio por um canteiro com árvores de tamarindo, sendo que na mesma encontra-se a atual sede do Grajaú Tênis Clube.

O bairro é tangenciado por vias importantes como a rua Barão de Mesquita, a av. Menezes Côrtes (conhecida também como auto-estrada Grajaú-Jacarepaguá) e a rua Barão do Bom Retiro, ligando o Grajaú à região do Méier.

O centro do Grajaú fica na praça Edmundo Rego, onde está situada a Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com características bizantinas, existindo ali também um pequeno comércio local.

Parque Estadual do Grajaú
Dentro do bairro localiza-se a Reserva Florestal do Grajaú, criada em 1978 como uma reserva ambiental e que, no final de 2002, foi enquadrado na categoria de parque pelo breve governo de Benedita da Silva, a fim de que a unidade de conservação fosse melhor adequada ao SNUC, em cumprimento à legislação federal.

O nome Grajaú foi dado em homenagem a cidade de Grajaú, terra natal do engenheiro que projetou o bairro, nascido no interior do Maranhão. Entretanto, o nome Grajaú originou-se de guajajaras, tribo que ocupava a margem do rio Grajaú que banha a referida cidade maranhense.

Assim, o termo Grajaú é formado das duas primeiras sílabas da palavra guajajaras (guaja), acrescido da vogal u, o que na linguagem dos índios queria dizer muito. Com o passar dos anos, as pessoas da cidade maranhense de Grajaú começaram a utilizar o nome como é hoje conhecido, pronunciando o gra ao invés do gua. Portanto, Grajaú significa uma quantidade expressiva de guajas, os componentes da tribo que povoava o território da cidadade maranhense onde nasceu Eugênio Richard.

Importante destacar que vários logradouros do bairro têm nome de cidades e rios maranhenses, como é o caso das ruas Gurupi, Mearim e Itabaiana, enquanto outras vias homenageiam lugares de Minas Gerais a exemplo das ruas Uberaba, Araxá e Juiz de Fora, visto que houve engenheiros mineiros que trabalharam na expansão do Grajaú e, provavelmente, desejaram homenagear os seus locais de origem. Por sua vez, encontram-se ruas prestigiando o nome de pessoas.

Turismo no Grajaú
Recentemente, a Prefeitura do Rio tem incentivado o turismo no bairro que sempre foi procurado por praticantes do montanhismo que se aventuram a subir a Pedra do Andaraí (ou Pico do Perdido, situada no Reserva Florestal do Grajaú, e que é considerada o principal símbolo da localidade.

 

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