História - O melhor do bairro de Engenho da Rainha, Rio de Janeiro, RJ

O MELHOR DO BAIRRO

ENGENHO DAS RAINHA - RIO DE JANEIRO

Engenho da Rainha é um bairro da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.

Faz divisa com os bairros de Pilares, Inhaúma, Tomás Coelho e Complexo do Alemão, além de também fazer divisa por meio da Serra da Misericórdia, sendo então impossibilitado o acesso direto com os bairros de Vila Kosmos, Penha Circular, Penha, Olaria e Ramos.
 
O bairro é servido pelo serviço metroviário da cidade - Metrô do Rio de Janeiro e por diversas linhas de ônibus. Em suas origens, a região hoje denominada Engenho da Rainha (Carlota Joaquina) fazia parte da Freguesia de Inhaúma, criada em 1743, e ganhou este nome quando esta Freguesia foi desmembrada, resultando nos atuais bairros de Pilares, Tomás Coelho e parte de Inhaúma. A região acolhia uma residência adquirida pela Rainha Carlota Joaquina, esposa de D. João VI, por volta de 1810 com o objetivo de nela descansar. A sua delimitação atual foi estabelecida pelo Decreto n.º 3158 de 23 de julho de 1981, quando era o Dr. Marcos Tamoyo o prefeito do Rio de Janeiro.
 
A região próxima à fazenda era habitada pelos índios Tamoios. Como herança, tem-se muitas ruas com nomes ligadas a este fato - Rua Bororó, Xerente, Canitar, Flexal, dentre outras.
 
A Fazenda da Rainha Carlota Joaquina, além do engenho de cana-de-açúcar, tinha também plantação de café e a mão-de-obra escrava era a responsável pela economia rural. O rio Timbó, hoje bastante degradado, banha o bairro.
 
A Serra da Misericórdia, situada na Freguesia de Inhaúma, era o local onde os negros escravos procuravam se esconder quando fugiam da Fazenda.
 
O atual bairro do Engenho da Rainha era cortado por duas importantes estradas que se interligavam na altura de Thomás Coelho. Esse caminho fazia a ligação com as Minas Gerais. Hoje são a Avenida Pastor Martin Luther King (antiga Automóvel Clube) e a Avenida Ademar Bebiano (antiga Estrada Velha da Pavuna). O bairro foi cortado pela Estrada de Ferro Rio D'ouro e possuiu uma estação,onde hoje é a estação do metrô Engenho da Rainha.
 
A importância do bairro em termos culturais ainda não foi reconhecida. Em nenhum bairro do Rio de janeiro, se reuniu tantos artistas famosos como o bairro. No final dos anos 60, quando foi inaugurado o Conjunto dos Músicos, o bairro que já tinha alguns artistas ficou mais rico ainda culturalmente.
 
Moradores famosos do Conjunto dos Músicos: Pixinguinha, Zé Keti, Bide (fundador da Deixa Falar), Bucy Moreira, Mestre Marçal, Anselmo Mazoni, Rubens Gerard, Mussum, Wilson das Neves, Darcy da Mangueira, Baianinho da Em Cima da Hora, Almir Guineto, Dominguinhos do Acordeon, Darcy Cruz, Arnô Canegal, Lourenço (sorte grande).
 
Ainda no bairro tivemos como moradores: Clementina de Jesus, Valter Rosa (compositor da Portela), Dona Ivone Lara, Carlos Cachaça, Guará, Marquinhos Diniz (Caviar), Luiz Grande (parceiro em caviar), as atrizes Solange Couto e Isabel Fillardis, o ex-atacante Amoroso e o atacante Guilherme Negueba, do Flamengo.
 
Ainda moram no bairro: o cantor Roberto Silva, o animador Russo, da TV Globo, e o comediante Ankito, do Zorra Total. O bairro ainda teve como morador, o melhor baixista do Brasil na atualidade, Arthur Maia.
 
A sexagenária escola de samba Acadêmicos do Engenho da Rainha é uma das mais importantes agremiações carnavalescas do município do Rio de Janeiro. Seus sambas-enredo ganhadores de diversos Estandartes de Ouro e a sua bateria imprimem a identidade dessa pequena grande escola de samba.