História - O melhor do bairro de Centro, Embu das Artes, SP

 

 

 

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População estimada 2015 (1) 261.781
População 2010 240.230
Área da unidade territorial (km²) 70,398
Densidade demográfica (hab/km²) 3.412,89
Código do Município 3515004
Gentílico Embuense

Prefeito Atual:                                                                                                                                                           Francisco Nascimento de Brito 

 

Embu das Artes - Sua História 

 

Embu das Artes é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por lei estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de estância turística, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.

 

Até o século XVI, a região era habitada pelos índios tupiniquins. Em 1554, um grupo de jesuítas fundou o aldeamento de Bohi, depois M'Boy Mirin, a meio caminho do mar e do sertão paulista. Como todas as missões jesuíticas no interior do Brasil de então, esta tinha objetivos missionários e pretendia catequizar os índios locais, aproveitando-os também como força de trabalho para as fazendas que se foram criando na região.

Em 1607, as terras da aldeia passam para as mãos de Fernão Dias (tio do bandeirante Fernão Dias, o Caçador de Esmeraldas), mas, poucos anos mais tarde, em 1624, foram doadas à Companhia de Jesus. Em 1690, o Padre Belchior de Pontes iniciou a construção da Igreja do Rosário, transferindo, ao mesmo tempo, o núcleo da aldeia original. Já no século XVIII, entre 1730 e 1734, os jesuítas construíram a sua residência anexa à igreja, formando um conjunto arquitetônico contínuo de linhas retas e sóbrias. Mas, em 1760, por ordem da Coroa Portuguesa, os jesuítas foram expulsos do Brasil.

A vocação artística da cidade começou a projetar-se em 1937, quando Cássio M'Boy, santeiro de Embu, ganhou o Primeiro Grande Prêmio na Exposição Internacional de Artes Técnicas em Paris. Já antes, no entanto, Cássio foi professor de vários artistas e recebia em sua casa expoentes do Movimento Modernista de 1922 e das artes em São Paulo, incluindo Anita MalfattiTarsila do AmaralOswald de AndradeMenotti Del PicchiaAlfredo Volpi e Yoshiya Takaoka.

A Cássio M'Boy seguiu-se Sakai de Embu, que começou por ser discípulo de Cássio e veio a ser reconhecido internacionalmente como um dos grandes ceramistas-escultores brasileiros. Sakai forma um grupo de artistas plásticos, ao qual pertence Solano Trindade.

Este chegou a Embu em 1962 e trouxe consigo a cultura negra, congregando um grupo de artistas em seu redor e introduzindo a tradição dos orixás.

A tradição artística da cidade institucionaliza-se e ganha projecção dentro e fora do Brasil em 1964, com o Primeiro Salão das Artes. Paralelamente, a partir dos finais dos anos 1960, a cidade passou a polo de atracção para hippies, que expunham os seus trabalhos de artesanato nos finais de semana, dando origem à Feira de Artes e Artesanato, que se realiza todos os fins de semana desde 1969 e que é um dos principais motores da projecção turística da cidade.

Embu foi elevada à categoria de município em 1959, quando se emancipou de Itapecerica da Serra.

Nomenclatura

Em 23 de Outubro de 2009, o prefeito de Embu das Artes, Chico Brito, deu início ao processo para que Embu fosse, oficialmente, chamada de Embu das Artes. Em 25 de novembro, o prefeito e o vice deram início ao ato pró-plebiscito para a coleta de assinaturas.

 

Para que o município recebesse o sobrenome "das Artes", foi necessária a realização de um plebiscito em que ao menos um por cento dos eleitores deveriam participar. O plebiscito foi anexado a um projeto de lei que foi enviada pelos poderes executivo e legislativo embuense para sanção do prefeito. Em seguida, o documento foi protocolado no Tribunal Regional Eleitoral, que convocou uma eleição para mudança do nome.

Segundo o prefeito, a oficialização do município para Estância Turística de Embu das Artes foi para que a cidade tivesse sua identidade e que não fosse mais confundida com Embu-Guaçu.

As três primeiras assinaturas do abaixo-assinado foram de Chico Brito (prefeito de Embu das Artes), Annis Neme Bassith (um dos articuladores da emancipação do município) e Silvino Bornfim (presidente da câmara municipal), que declarou:

Cquote1.svg Isso é um desejo da população e dos vereadores. Dificilmente você vai encontrar alguém contra.

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O abaixo-assinado passou por toda a cidade através da campanha Embu das Artes - Todo Mundo Quer, lançada pela prefeitura.

plebiscito ocorreu em 1 de maio de 2011 e 66,48 por cento da população optou pela nova denominação.

 

Em 6 de setembro de 2011, o governador Geraldo Alckmin sancionou a Lei Estadual 14.537/11, que, oficialmente, passou a denominar o município como Embu das Artes.

Geografia

Situado no oeste da Grande São Paulo, o município tem os seguintes limites: a sudoeste, oeste e norte, com Cotia; a noroeste, Taboão da Serra; a sul, com o Itapecerica da Serra e o bairro paulistano de Capão Redondo.

Hidrografia

O sistema hidrográfico de Embu é dividida em áreas de três bacias principais, todas afluentes do Rio Tietê:

Estima-se que 59% do território encontra-se sob área de proteção aos mananciais, sendo o Rio Embu-Mirim (Trata-se de uma extensão do Rio M'Boi Mirim) um dos principais contribuintes da Represa Guarapiranga.

Clima

O clima é tipo C, segundo a Classificação de Köppensubtropical ou mesotérmico de latitudes médias e com grande quantidade de chuvas no verão. A região possui altitude média, juntamente com ilhas de vegetação de Mata Atlântica, que amenizam a temperatura.[13] O índice pluviométrico é de aproximadamente 1 530 milímetros por ano e a temperatura média anual gira em torno dos 18 °C, 

Patrimônio Histórico-cultural

Capela de São Lázaro

Sua origem está ligada a uma imagem do santo São Lázaro esculpida em madeira pelo artista Cássio M'Boy nos anos 1920. A imagem atraiu grande número de devotos e, em 1934, foi construída uma capela para abrigá-la. Em 1969, a capela foi restaurada, aproximando-se das linhas da arquitetura jesuítica da igreja do Conjunto Nossa Senhora do Rosário.

Museu de Arte Sacra

Sua arquitetura apresenta características do estilo barroco paulista e um acervo rico em imagens de anjos, santos e personagens bíblicos, quase todos entalhados em madeira, modelados em terracota ou em armações em roca, produzidas entre os séculos XVII e XIX.

A principal obra do museu é o "Senhor Morto", esculpido em uma tora de madeira, bem como as iamgens de Nossa Senhora das Dores e da Santa Ceia, em roca, de autoria do Padre Macaré. As demais obras foram esculpidas pelos jesuítas e índios.

Conjunto Nossa Senhora do Rosário

É formado pela igreja e pela antiga residência dos padres, conjugadas numa mesma edificação. Trata-se de uma das mais importantes construções jesuítas em São Paulo, caracterizadas pela simplicidade das linhas retas.

A igreja começou a ser construída por volta de 1700 pelo Padre Belchior de Pontes. A intenção era a de que ela tivesse capacidade para que os índios e vizinhos pudessem comodamente observar os preceitos a que estavam obrigados, como registrou o Padre Manuel da Fonseca no livro "A Vida do Venerável Padre Belchior de Pontes", diferentemente da antiga capela da fazenda de Catarina Camacho situada não muito longe dali.

Centro Histórico

No Centro Histórico, encontra-se grande quantidade de galerias de arte, móveis rústicos e lojas de artesanato. Uma grande variedade gastronômica de comida típica brasileira e culinária internacional.

Centro Cultural Mestre Assis do Embu

O Centro Cultural Mestre Assis do Embu oferece ao público, gratuitamente, acesso à arte, cultura e ao conhecimento. Ocupa, hoje, o histórico prédio da prefeitura. Nele, o público tem à disposição três salas para exposições e o auditório Cássio M’Boy, com capacidade para 150 pessoas destinado a palestras, recitais, espetáculos musicais e teatrais.

Instalada em frente ao Centro, fica a tenda Embu das Artes ao Vivo, onde artistas do município montaram uma extensão de seus ateliês, possibilitando ao público acompanhar em tempo real todo o processo criativo de pintores, escultores, ceramistas e forjadores da cidade.

               Brasão de armas

Símbolos    

Brasão de armas da cidade de Embu foi instituído em 19 de novembro de 1962, pela lei N°130. Abaixo estão as características explicada e justificada segundo as leis:

  • Escudo Português - Apresenta uma ponta arredondada, formato já consagrado pela heráldica de domínio, exalta os primitivos colonos portugueses do Embu.
  • Gibão Bandeirante de Ouro - Com o qual partiram de Embu, para o ataque aos Jesuítas, no sul, e, depois, para a exagerada investida contra a corda arbitrária de Tordesinha, encimado, pelo emblema da Companhia de Jesus, IHS com uma cruz e três cravos, localizado no terço superior do escudo que corresponde ao pensamento: sede espiritual, que bem merecem os santos da catequese.
  • Tudo de Prata - Metal que simboliza a pureza.
  • Coroa mural de Ouro de quatro Torres Ameadas e sua Porta cada uma' - Distintivo de armas municipais, em metal, e forma já fixados pela heráldica brasileira.
  • Timbre - O ponto de honra; acima da própria coroa, representa aquilo que se timbra em ostentar: "Cocar Indígena".
  • Cocar Indígena de Penas coloridas ao Natural - Referente aos primitivos aldeamentos de silvícola: nobre semente do Embu.
  • Cartela Colonial do Século XVIII – Elemento inspirado na obra da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, servindo para fixar simbolicamente a data da fundação do Embu.
  • 'GENVINVM GENVS – “Estirpe Legitima” que é o clã mameluco imaginado sob o signo da Fé Cristã (o IHS da Companhia de Jesus).