História - O melhor do bairro de Centro, Coronel Fabriciano, MG

Coronel Fabriciano

Coronel Fabriciano, a Terra Mãe do Vale do Aço



Coronel Fabriciano é um município brasileiro da Região Metropolitana do Vale do Aço, no estado de Minas Gerais. Localiza-se a 198 km de Belo Horizonte, a capital do estado e a 1.424 km de Brasília, capital federal. Possui uma população típica, rica em folclore e produção artesanal, é atraente, dinâmica e hospitaleira.

História

No século XVI, entradistas seguiam pela região a procura de ouro e materiais de valor, mas a descoberta de ouro na região central de Minas Gerais fizeram com que vilas e povoados crescessem nesta região e pouco tempo depois, a Coroa portuguesa proibiu o povoamento da região do Rio Doce, para evitar o contrabando de materiais preciosos.

Na segunda metade do século XVIII, D. Antônio Noronha ordenou a construção de uma estrada ao leste da capitania, justificando-se de que havia ouro nessa região. A estrada foi concluída pouco tempo depois.

O primeiro civilizado a pisar solo que pertencia a Coronel Fabriciano, foi José de Assis Vasconcelos, vindo em 1752 de Sant"ana do Alfié, pela Serra da Vista Alegre, atravessou o Rio Piracicaba, abrindo na margem esquerda do dito Rio, uma posse no lugar hoje conhecido por Sítio Velho, nas cercanias da Usiminas, não tendo prosseguido por ter sido assassinado por um escravo que ele alugara de Dona Ana Matos. Mais tarde Francisco de Paula e Silva, vulgo Chico Santa Maria, por ser ele natural de Santa Maria de Itabira, em 11 de setembro de 1831, estabelecerá com sua família e numerosos escravos, onde achasse hoje a Fazenda do Alegre.

Depois veio Francisco Romão, que morava à esquerda do rio. Com uma canoa, fazia o transporte de pessoas e mercadorias, ligando São Domingos do Prata, Antônio Dias, Mesquita e Joanésia, pelos rios Piracicaba, Doce e Santo Antônio.

Outros desbravadores da região foram: Joaquim André, Pedro de Paula e Silva, Manoel Francisco, Antônio Antunes Lopes, Manoel Domingos, João Teixeira Benevides, Miguel Pereira, Manoel João, Benedito Bento, Manoel Romão, Virgínio Inácio, Joaquim de Souza, Pedro Nascimento e outros.

João Teixeira Benevides trouxe de Ferros a primeira professora (sua sobrinha Maria de Lourdes de Jesus) e doou terrenos para a primeira escola, o primeiro cemitério e para a igreja do então povoado de Santo Antônio do Calado, hoje Senador Melo Viana. João Teixeira chegou ao arraial de Santo Antônio do Gambá em 1919, recém-casado com Guilhermina Ribeiro da Silva, ambos de Santana de Ferros.

Com a chegada da turma de topografia incumbida de fazer a locação da via férrea Vitória-Minas em construção, começaram os primeiros movimentos da embrionária cidade de Cel. Fabriciano, que a 9 de julho de 1924, nascia com a inauguração de sua estação ferroviária de Calado, seu primitivo nome. Com a inauguração da Estação de Calado, começaram a ser levantadas as primeiras moradias, verdadeiros barracos. Somente em 1928 é que foi construída, a não ser a estação, a primeira casa coberta com cerâmica e assoalhada; o sobrado do Sr. Rotildino Avelino, que ainda existe na atual rua Pedro Nolasco.

Em virtude da Lei Estadual nº 843, de 17 de novembro de 1926, foi criado o distrito, instalando-se a 7 de maio de 1927 no então patrimônio de Santo Antônio, que passou a chamar-se Melo Viana, tendo sido nomeado seu primeiro juiz de paz o cidadão Manoel Camilo da Fonseca, que deu posse ao seu primeiro escrivão de paz, o Sr. João Batista Pereira. Os primeiros registros civis feitos foram: o batismo das gêmeas Duraci de Distaneta, filhas do casal Antônio Viana e o casamento do Sírio Maron Abibi com Geralda Honrata de Souza. Em 1 de março de 1930, foi realizada no novo distrito a primeira eleição

Em 1936, instala-se no Calado um escritório da Companhia Siderúrgica Belgo Mineira, sob a superintendência do Dr. Joaquim Gomes da Silveira Neto. Aqui, a empresa centraliza um grande negócio de exploração de madeira e produção de carvão em toda a região do Rio Doce. O objetivo da produção era alimentar os fornos de sua siderúrgica em João Monlevade.

A essa companhia deve-se o impulso inicial da cidade como núcleo urbano organizado. Ruas foram abertas e construções de vários tipos iniciadas, especialmente as primeiras casas de alvenaria. É desse período o Hospital Siderúrgica, construído pela empresa para assistir os seus funcionários aqui sediados numa época de grande incidência de febre amarela e outros males típicos das regiões tropicais.

Em 1944, com a instalação da Companhia de Aços Especiais Itabira (Acesita) na região, Coronel Fabriciano recebeu o grande impulso que transformou o distrito no grande município de hoje.

O primeiro nome do lugar quando mata virgem, era Barra, por achar-se localizado na confluência do ribeirão Caladão, passando a denominar-se Calado, com a inauguração da Estação Ferroviária. Por pouco tempo, foi denominado Raul Soares, voltando novamente o nome de Calado. Em agosto de 1938, foi batizada com o nome de Coronel Fabriciano, em homenagem ao coronel Fabriciano Felisberto de Brito, por ocasião de seu centenário de nascimento. Dez anos depois, o município foi criado desmembrando-se de Antônio Dias.

Em 27 de dezembro de 1948, depois de um longo processo tramitado na Assembléia Legislativa do Estado, o governador Milton Campos assina a Lei nº. 336, criando o município de Coronel Fabriciano. A instalação oficial se deu no dia 1 de janeiro de 1949, em sessão presidida pelo juiz de paz José Anastácio Franco. Assumiu como intendente o Dr. Antônio Gonçalves Gravatá, com o distinto objetivo de organizar a administração municipal e entregá-lo ao prefeito oficial, eleito pela população. E assim, a 15 de março de 1949, tomam então posse o prefeito Dr. Rubem Siqueira Maia, vice-prefeito Coronel Silvino Pereira, vereadores Nicanor Ataíde, Lauro Pereira, Ary Barros, José Anatólio Barbosa, Wenceslau Martins Araújo, Sebastião Mendes Araújo, José Paula Viana, Raimundo Martins Fraga e José Wilson Camargo.

Apesar da emancipação e 27 de dezembro de 1948, foi assinado um acordo com a paróquia local, no qual o aniversário da cidade é comemorado em 20 de janeiro, dia do padroeiro da cidade, São Sebastião.

Em 1953, foi criado o distrito de Ipatinga, e a Comarca de Coronel Fabriciano é instalada em 1955. Em 1958, foi instalada a Usiminas, ano em que é também criada a Associação Comercial. Em 1964, emanciparam-se os municípios de Timóteo e Ipatinga. Em 1972, foi criada a Universidade do Trabalho, atual Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG). No ano de 1974, foi fundada a Loja Maçônica União e Progresso.

Tenente Coronel Fabriciano Felisberto de Brito

O nome do município é uma homenagem a Fabriciano Felisberto de Brito, que morreu em 1921. Foi um dos líderes políticos mais influentes de Antônio Dias desde o século XIX, além de comerciante, tendo iniciado sua carreira com uma modesta sapataria.

Em 25 de agosto de 1888, Fabriciano recebeu do Imperador Dom Pedro II o título de Tenente-Coronel da Guarda Nacional para a Comarca de Piracicaba. O alto cargo na Guarda Nacional, entretanto, não seria plenamente praticado, devido à queda do Império, pouco mais de um ano depois em 15 de novembro de 1889.

Alguns de seus filhos foram influentes partidários da emancipação do município.

Clima

O clima fabricianense é caracterizado pelo inverno ameno e seco e verão quente e chuvoso. De acordo com o INMET (instituto nacional de meteorologia), o mês com a menor média de precipitação é julho, com 14mm e a maior média é Dezembro, com 257.1mm acumulados. A média anual fica em 1254,9mm. A média das temperaturas minimas fica em 15,9 °C, das maximas é de 27,2 °C e a anual é de 21,6°C

Fauna

Na fauna é comum observar espécies como jacu, aves de rapina, como o gavião, carcará, mamíferos como lobo guará, onça pintada, macaco da cara-branca e serpentes. São espécies típicas da região.

Flora

Em Coronel Fabriciano, a monocultura de reflorestamento (eucalipto) ocupa área maior que a Mata Atlântica, bioma da região. A predominância é de eucalipto, que tem como finalidade a produção de matéria-prima para a fábrica de celulose da Cenibra, e a produção de carvão vegetal. No entanto ainda são encontradas algumas diversidades em ilhas não devastadas, com algumas espécies de bromélias e orquídeas, além da Palmeira Indaiá, Ipê Amarelo, Imbaúbas, Quaresmeiras, Samambaias, entre outras. Na época das secas (Maio-Agosto), é comum o amarelamento de areas com muito mato e poucas arvores, devido a escassez de chuva.

Infraestrutura básica

O município conta com água tratada, energia elétrica, esgoto, limpeza urbana, telefonia fixa e telefonia celular: 93% dos domicílios são atendidos pela rede geral de abastecimento de água, 81% da população possui escoadouro sanitário, existem 6.462 telefones convencionais e 161 telefones públicos.

Subdivisões

Principais ruas e avenidas

* Avenida Julita Pires Bretas
* Avenida José de Magalhães Pinto
* Avenida Geraldo Inácio
* Avenida Presidente Tacredo de Almeida Neves
* Avenida Rubens Siqueira Maia
* Rua Maria Mattos
* Rua Pedro Nolasco
* Rua Moacir Birro
* Rua Marechal Floriano
* Rua São Sebastião
* Rua Argemiro Edson Ribeiro
* Rua Padre Américo Magalhães

Distritos

* Distrito Industrial
* Senador Melo Viana

Bairros

* Aldeia do Lago
* Alipinho
* Alto Giovanini I
* Alto Giovanini II
* Amaro Lanari
* Aparecida do Norte
* Barbosa
* Belvedere
* Bom Jesus
* Caladão
* Caladinho
* Centro
* Cocais
* Contente
* Córrego Alto
* Florença
* Floresta
* Frederico Ozanan
* Gávea
* Giovanini
* Industrial Novo Reno
* Jacinto das Neves
* Jardim Primavera
* J.K.
* José da Silva Brito
* Judith Bhering
* Mangueiras
* Manoel Domingos
* Manoel Maia
* Morada do Vale
* Nazaré
* Nossa Senhora do Carmo
* Nossa Senhora da Penha
* Nova Tijuca
* Olaria
* Pedra Linda
* Pedreira
* Planalto
* Pomar
* Ponte Nova
* Potyra
* Professores
* Recanto Verde
* Residencial Fazendinha
* Santo Antônio
* Santo Eloy
* Santa Cruz
* Santa Helena
* Santa Inês
* Santa Luzia
* Santa Rita
* Santa Terezinha
* Santa Terezinha II
* Santa Vitória dos Cocais
* São Cristóvão
* São Domingos
* São Geraldo
* São José dos Cocais
* São Vicente
* Silvio Pereira I
* Sílvio Pereira II
* Surinan
* Todos os Santos
* Tranquilão
* Universitário
* Vila Bom Jesus

Vale do Aço

Região Metropolitana do Vale do Aço

Pela Lei Complementar nº 51, de 30 de dezembro de 1998, Coronel Fabriciano , juntamente com Timóteo, Santana do Paraíso e Ipatinga, veio a constituir a chamada Região Metropolitana do Vale do Aço. Trata-se, na verdade, de uma aglomeração urbana com 438.059 habitantes (IBGE/2007), mas foi definida, pela legislação estadual, como Região metropolitana. Somadas as populações dos outros 22 municípios que formam o colar metropolitano, a região atinge mais de 600 mil habitantes.

Turismo

Serra dos Cocais

As montanhas da Serra dos Cocais são normalmente usadas para esportes radicais. Motocicletas, automóveis 4x4 e bicicletas também são frequentemente usadas nas trilhas. Mas também é comum passeios a pé ou por cavalo nas montanhas tranquilas para apreciar a beleza das cachoeiras e a vista da cidade no alto dos morros.

Monumentos

Além da beleza natural da Serra do Cocais, Coronel Fabriciano ainda tem vários monumentos históricos. São alguns deles:

* Igreja Matriz de São Sebastião
* Catedral de São Sebastião
* Colégio Angélica
* Monumento da Terra Mãe
* Capela Santa Vitória
* "Os 5 Elementos da Natureza" na Praça da Estação.

Economia

Município em franca expansão por se localizar entre Ipatinga e Timóteo (Minas Gerais), cidades que sediam as maiores e mais modernas siderúrgicas de Minas Gerais: Usiminas e Arcelor Mittal Timóteo, respectivamente.

Toda a vida econômica de Coronel Fabriciano está ligada a esses dois municípios, sendo o seu moderno e diversificado comércio o mais desenvolvido dos três. A cidade, banhada pelo Rio Piracicaba, que deságua no Rio Doce, está a 198 quilômetros de Belo Horizonte tendo como rodovia de ligação a BR-381.

Distrito Industrial

Um forte distrito industrial/misto composto de 38 empresas instaladas, empregando diretamente cerca de 850 pessoas. O distrito ocupa uma área total de 182.970,00 m², sendo 118.894m² de empresas instaladas.

O distrito é industrial/misto pois possui empresas de pequeno, médio e garnde porte.

Comércio

Segundo estatísticas oficiais da prefeitura ,o comércio é dos mais ativos, englobando 3.561 estabelecimentos registrados, dos mais variados ramos. O setor prestador de serviços envolve 3.275 nomes registrados com destaque para o ramo de Hotelaria: são cerca de 1.800 acomodações, sendo que 400 delas se enquadram nas categorias "três" e "quatro estrelas".

Transportes

Rodoviário

Estação Rodoviária.

Coronel Fabriciano possui a maior Estação Rodoviária do Vale do Aço, localizada na Região Central da Cidade. É atendida com saídas diárias regulares para as principais cidades de Minas Gerais, e mesmo para fora do estado.

O transporte urbano do município é feito pela Acaiaca e a Autotrans. A Autotrans ainda atende Ipatinga e Timóteo. A Univale interliga todo o Vale do Aço. Com a Univale, os moradores do centro da cidade tem o acesso às vizinhas Ipatinga e Timóteo facilitado, com linhas regulares com intervalos de cerca de 20 minutos entre uma e outra. O acesso ao Centro-Norte de Timóteo (região mais desenvolvida da cidade vizinha) pela linha Fabriciano-Acesita, é mais barato do que qualquer ônibus interno das duas cidades. Ainda tem a Viação São Roque, que faz percursos rurais de longa distância como o trajeto Fabriciano-Cava Grande.

Distâncias aos principais centros (Km)

* Belo Horizonte: 198
* Rio de Janeiro: 891
* São Paulo: 1.174
* Brasília: 1.424
* Vitória: 453

Esportes

Esportes 4x4

O Clube de Jipe local, Jipe Clube Vale do Aço, sediado em Fabriciano, frequentemente organiza passeios de jipe e competições nas trilhas da Serra dos Cocais. Em 2008 e em 2009 Fabriciano foi anfitriã de etapas do Campeonato Mineiro de Rally de Regularidade.

Futebol

Profissional

Em Coronel Fabriciano, destaca-se o Social Futebol Clube, fundado em 1 de Outubro de 1944, tendo como mascote desde 1981 o Saci. Desde 1996 o Saci disputa todos os anos a Primeira Divisão do Campeonato Mineiro, se for levado em conta a nomenclatura da Federação Mineira de Futebol que considera o Módulo II como parte da Primeira Divisão. Na prática, o time tem alternado entre a primeira e a segunda, se considerar-se que o Módulo II corresponde ao segundo nível estadual.

Atualmente vem se destacando o Fabriciano Futebol Clube Ltda, fundado em 2008, que já desputa a 2ª Divisão do Campeonato Mineiro (equivalente a terceira).

Amador

Embora o Social tenha se destacado por muitos anos no futebol amador local, a equipe raramente disputa-os, em qualquer categoria, devido a sua prioridade para o futebol profissional.

Com isso, as equipes que mais se destacam atualmente no Campeonato Fabricianense, são o Avante Esporte Clube e o Mangueiras.

Estádios

Fundado em 1950, o principal estádio da cidade é o Estádio Louis Ensch, com capacidade para 6.000 pessoas, pertence ao Social, sendo usado com frequência por outros times, em partidas importantes dos Campeonato Amadores locais.

Além do amadorismo, o Louis Esnch também é sede de jogos profissionais do Social e do Fabriciano. Em 2009, foi usado também por Valeriodoce e Tombense.

Existem vários outros estádios na cidade, uns com estrutura razoável e outros com deficiências, como falta de arquibancadas. Destaque para o campo do Avante, o estádio Josemar Soares , que conta com cabine de rádios, vestiários e uma modesta arquibancada, além de boa arborização. Outros campos muito utilizados são o do Mangueiras, no bairro homônimo, e o do CAF, no Distrito Industrial.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Coronel_Fabriciano

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