História - O melhor do bairro de Floresta, Belo Horizonte, MG

 FLORESTA:

Desenvolvimento/Infra-Estrutura:

 O bairro Floresta é um bairro com infra-estrutura completa e não possui favelas ou áreas invadidas em suas imediações.

 Conta com uma variada rede de estabelecimentos comerciais, dentre eles os enxovais da Casa Pérola, as tortas e doces da Confeitaria Momo e as balas de licor da fábrica de chocolates Lalka, dentre outros, distribuídos pelas ruas Itajubá, Curvelo, parte da Rua Pouso Alegre e nas avenidas do Contorno e Silviano Brandão.

 Culturalmente, o bairro também é destaque. Atrai muitas manifestações artísticas que ganham destaque no Teatro Alterosa, na Praça Comendador Negrão de Lima e, há seis anos, na sede do Giramundo, que abriga uma escola de teatro de bonecos e um museu, responsáveis pelo maior acervo de marionetes do Brasil.

 Entre Santa Efigênia, Santa Tereza, Horto, Centro, Lagoinha, Colégio Batista, Concórdia e Sagrada Família, o bairro Floresta é cortado pelas avenidas do Contorno, Francisco Sales e pela charmosa e arborizada Assis Chateaubriand.

 Outras importantes vias de acesso ajudam a delimitar a região, como as avenidas Cristiano Machado e Silviano Brandão.

 Ligados por dois braços históricos – os viadutos Santa Tereza e Floresta- o bairro e o Centro mantêm uma relação de amor e ódio.

 

 Afinal, para os moradores, viver próximo da região central é um privilégio estratégico, mas significa também mais poluição e trânsito intenso em ruas que permanecem estreitas.

 O bairro Floresta, localizado na região Leste, nasceu como subúrbio. Foi um dos primeiros locais de moradia dos operários que trabalharam na construção da capital mineira.   

 Eles chegaram a construir diversos casebres no local, que posteriormente deram lugar a casarões, dentre eles o famoso palacete do Conde de Santa Marinha – hoje conhece como espaço cultural “A casa do Conde”- construído em 1896, que tornou-se a primeira residência fora dos limites impostos pelo projeto original do engenheiro Aarão Reis para a Belo Horizonte.

 O palacete nem chegou a ser habitado, já que seu dono faleceu no Rio de Janeiro, enquanto buscava a família para viver na nova capital.

 No princípio, o bairro era formado por chácaras que, segundo historiadores, eram responsáveis pelo abastecimento de hortifrutigranjeiros da capital recém inaugurada.

 Os vestígios da primeira forma de ocupação ainda existem. A área da Praça Comendador Negrão de Lima, é um exemplo. Ela está no local onde existia a chácara da família Negrão de Lima. A sede da propriedade, situada na Rua Leonídia Leite, continua preservada e foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais.

A origem do nome Floresta é controversa.

 A história mais conhecida, relatada pelo historiador Abílio Barreto, conta que um hotel boêmio chamado Floresta teria motivado o nome.

 Outra relata que quando as pessoas se dirigiam até a região, diziam estar indo para os lados da Floresta.

 Uma outra versão diz que o nome está ligado à paisagem verde que se avistava, olhando a partir do Centro o que condiz com segunda versão.

 Outra curiosidade é a Rua Célio de Castro, entre a Rua Pouso Alegre e a Avenida do Contorno. Muitos hoje acreditam que o nome foi dado graças ao ex-prefeito de Belo Horizonte, mas, na verdade, a homenagem foi feita a um dentista. “ Nesta rua, chamada anteriormente de Rio Preto, havia um consultório dentário e o seu proprietário, Célio Garrão de Castro, prestava serviços gratuitos a pessoas carentes. Com o seu falecimento, os moradores pediram à prefeitura para mudar o nome da rua”, explica o jornalista Luis Góes, em seu livro "Bairro Floresta: História e Toponímia".

 Na década de 40, o adro da Igreja Nossa Senhora das Dores, era o local preferido para moças e rapazes para o footing ( do inglês, ir a pé). As mulheres – todas com seus melhores vestidos, salto alto, maquiadas e perfumadas – desfilavam, como se estivessem em um tapete vermelho.

 Na região moraram personalidades ilustres como o poeta Carlos Drummond de Andrade, Pedro Aleixo, Negrão de Lima e até o compositor carioca Noel Rosa, que na ocasião veio passar uma temporada em Belo Horizonte em busca da cura da tuberculose que o afetava.